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Prefeitos da AMEG sobem o tom e cobram respostas para demandas da região ao Governo do Estado

30/06/2025 - 15:20

          Durante a 202ª Assembleia Geral Ordinária da Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande (AMEG), realizada nesta quinta-feira (26), em Passos, prefeitos do Sudoeste de Minas Gerais voltaram a criticar duramente a situação das rodovias estaduais que cortam a região. Diante da ausência de respostas e da omissão do Governo de Minas Gerais em relação a problemas crônicos enfrentados pelos municípios, os gestores elevaram o tom e denunciaram o abandono, a falta de investimentos e a negligência com trechos críticos que já causaram acidentes e tiraram vidas.

 

     Entre os que se manifestaram com mais veemência estavam os prefeitos Rafael Freire (Alpinópolis), Danilo Oliveira Campos (Córrego Fundo), Márcio Domingues de Andrade (Fortaleza de Minas), Marcelo de Morais (São Sebastião do Paraíso), Daniel Ferreira da Silva (São Tomás de Aquino) e o vice-prefeito Flávio Rossato (Cássia). Para eles, a situação chegou ao limite e exige providências imediatas por parte do Estado.

 

        O prefeito de São Tomás de Aquino, Daniel Ferreira da Silva, foi categórico ao afirmar que, desde 2021, cobra melhorias no trecho da Rodovia Prefeito Jorge Abraão, sem qualquer retorno efetivo do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER-MG). “Vou intervir por conta própria. Se depender do Estado, nada será feito. A prioridade do governo está em regiões com interesses políticos e econômicos, como Passos, por causa da cervejaria. Os pequenos municípios estão abandonados”, desabafou.

 

        A mesma frustração foi compartilhada pelo prefeito de Alpinópolis, Rafael Freire, que há anos denuncia a precariedade da rodovia que liga a MG-050 ao seu município. “Desde 2017 peço providências e até hoje não obtive resposta. É inadmissível que o governo estadual sequer faça o básico, como instalar sinalização ou capinar o acostamento. Vidas estão sendo ceifadas por omissão”, afirmou.

 

        O prefeito de Fortaleza de Minas, Márcio Domingues de Andrade (Marcinho), também alertou para os riscos crescentes de acidentes em sua região, especialmente com a ineficiência da DRE. Segundo ele, “hoje em dia, programa do governo só chega com padrinho político. Os deputados só ajudam se tiverem exclusividade no município. A política está piorando”, criticou.
Já o prefeito de Córrego Fundo, Danilo Oliveira Campos, reforçou os alertas sobre a insegurança viária e destacou o trevo de sua cidade como um ponto crítico, onde há recorrência de acidentes graves e fatais. “A gente assiste à população pagando com a própria vida por falta de manutenção básica que deveria ser feita pelo Estado”, denunciou.

 

          O presidente da AMEG e prefeito de São Sebastião do Paraíso, Marcelo de Morais, criticou com veemência a omissão do Estado em relação às suas responsabilidades constitucionais. “Em Paraíso, são mais de R$ 300 mil que o município gasta com serviços que são de competência do Estado. E mesmo assim, quando buscamos respostas e soluções para problemas simples, esbarramos em uma burocracia excessivamente violenta. Não há qualquer reconhecimento por parte do Estado pelo que os municípios fazem ao assumir tarefas que são de responsabilidade dele”, afirmou.
Diante desse cenário, ficou deliberado que a AMEG buscará agendas junto ao Governo de Minas para cobrar respostas rápidas e efetivas às demandas apresentadas pelos prefeitos.

 

           Ainda na tarde desta quinta-feira, os prefeitos Marcelo de Morais (São Sebastião do Paraíso), Daniel Ferreira da Silva (São Tomás de Aquino) e Diego Oliveira (Passos) conseguiram uma reunião com o deputado estadual Cássio Soares, que se comprometeu a viabilizar a presença do diretor do DER na próxima Assembleia Ordinária da AMEG.

 

         Caso não haja avanços concretos ou comprometimento efetivo por parte dos parlamentares e do Estado, os municípios consorciados sinalizaram que poderão adotar medidas mais drásticas, como o rompimento de convênios e a suspensão do pagamento de contrapartidas financeiras em programas cuja responsabilidade legal e constitucional é do próprio Estado. A decisão reflete o esgotamento da paciência dos gestores municipais frente ao descaso prolongado e a sobrecarga de responsabilidades que vêm sendo transferidas indevidamente aos municípios. 

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