Municípios da AMEG cobram providências de Furnas
Durante encontro realizado na manhã desta sexta-feira (17) em Alfenas, prefeitos e representantes dos municípios da Associação Pública dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande – Consórcio AMEG cobraram providências dos representantes de Furnas Centrais Elétricas e da Eletrobras quanto aos baixíssimos níveis dos reservatórios de Furnas e Mascarenhas de Moraes (Peixotos). O evento foi organizado pela Associação dos Municípios do Lago de Furnas – Alago com o apoio da AMEG e contou com as presenças do presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp Nascimento, e de Furnas, Clóvis Torres. O encontro foi articulado pelo diretor jurídico do Senado, Alexandre Silveira, a pedido do presidente do Congresso Nacional, Senador Rodrigo Pacheco.
Estiveram presentes o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Agostinho Patrus, Alexandre Kalil – Presidente da Frente Mineira de Prefeitos, os deputados federais Charles Evangelista, Diego Andrade, Emidinho Madeira e Mauro Lopes. Os deputados estaduais Antônio Carlos Arantes, Cássio Soares, Professor Claiton, Dalmo Ribeiro, Sávio Souza Cruz e Ulysses Gomes também compareceram.
Entre os 52 prefeitos presentes, da AMEG, marcaram presença os gestores e representantes de Alpinópolis, Carmo do Rio Claro, Delfinópolis, Guapé, Ibiraci, Itaú de Minas, Passos, São João Batista do Glória, São José da Barra e São Roque de Minas.
O principal assunto da pauta da reunião foi o baixo nível dos reservatórios da região e a crise hídrica que o país já atravessa. Os prefeitos da AMEG e da ALAGO cobraram um posicionamento quanto à manutenção da cota mínima de 762 para o reservatório de Furnas e de 663 para o reservatório de Mascarenhas de Moraes. Também foram debatidas medidas compensatórias para ressarcir os municípios que estão acumulando grandes prejuízos nos últimos anos por conta da redução do volume de águas nos lagos.
Para o prefeito de São José da Barra e presidente do Consórcio AMEG, Paulo Sérgio Leandro de Oliveira, a crise hídrica atual já está causando muitos prejuízos aos municípios. “Hoje nós já podemos dizer que a escassez de água nos reservatórios de Furnas e de Peixotos vai deixar uma conta pesada para os municípios. Muita gente investiu tudo o que tinha em empreendimentos ligados ao turismo, agricultura, psicultura e pecuária. São milhares de embarcações, milhares de leitos e toneladas de alimento que, sem água, ficam inviáveis. Nesse cenário o desemprego também vai disparando e os prefeitos terão que lidar com um inesperado e imenso passivo social”, explica Serginho.
Os representantes de Furnas e da Eletrobras se comprometeram em buscar soluções para os problemas relatados pelos representantes do setor público, da sociedade civil organizada e da iniciativa privada presentes.