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Minas consolida atendimento à Urgência e Emergência

06/01/2011 - 11:01

          A Rede Regional de Atenção às Urgências e Emergências, adotada em Minas Gerais desde 2008, experimentou um salto em qualidade e eficiência nos últimos anos, tornando-se referência não só no Brasil, mas em toda América Latina. Para que esse serviço funcione de forma cada vez mais integrada e com a mínima possibilidade de fragmentação, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), investiu mais de R$ 600 milhões em seu fortalecimento.

 

          Baseada no Plano Diretor de Regionalização do Estado de Minas Gerais (PDR) e na universalização do atendimento, a rede atua em todos os pontos de atenção do SUS (Atenção Primária, Secundária e Terciária) e possui três condições agudas temáticas: o trauma, o infarto agudo do miocárdio (IAM) e o acidente vascular cerebral (AVC). “Essas três condições foram priorizadas pelo fato de se beneficiarem de uma resposta rápida e por serem as principais causas de morte e incapacidade no nosso Estado”, explica o coordenador estadual de Urgência e Emergência da SES, Rasível dos Reis Santos Júnior.

 

          De acordo com o coordenador, atualmente a rede está sendo estendida à macrorregião Centro-Sul, que abrange 50 municípios e vai atender uma população de 750 mil habitantes. Também vai chegar à macrorregião Nordeste e Jequitinhonha, que possui 86 municípios e população de 1,3 milhão de habitantes, e à macrorregião Centro, com 107 municípios e população de seis milhões de habitantes.

 

          Além disso, as microrregiões de Passos e Varginha serão beneficiadas com o Serviço Móvel de Urgência (Samu), que passa a atender mais 74 municípios. “A expansão leva em consideração o indicador YLL (Years of Life Lost) - sigla em inglês que significa anos de vida perdidos por morte prematura. Elas serão implantadas em ordem decrescente deste indicador, ou seja, a região que apresentar os piores índices terá a rede implantada primeiro”, explica Rasível.

 

          A implantação das redes em todo Estado vai possibilitar aos cidadãos acesso a serviços de urgência e emergência efetivos, o que vai acarretar na melhoria da saúde e redução do YLL. Ao mesmo tempo, vai possibilitar uma economia de escala, escopo e racionalização dos recursos financeiros. “Temos certeza de estarmos no caminho certo, pois além do respaldo literário mostrando evidências incontestáveis na utilização do formato de redes, já colhemos resultados impressionantes no Norte de Minas. Em 2009, houve a redução de 1.200 mortes naquela região, o que nos deixa extremamente motivados a seguir neste caminho”, comemora o coordenador da SES.

 

Classificação de risco
          Para interligar a rede foi necessário adotar uma linguagem comum a todos os pontos de atenção à saúde (Unidade Básica de Saúde, Unidade Mista, Pronto Atendimento, Pronto Socorro Hospitalar, hospitais gerais e especializados), com critérios uniformes, que permitissem estabelecer o melhor local para atendimento à determinada demanda no menor tempo possível.

 

            Para tanto, a SES adotou o Protocolo de Manchester e comprou os direitos de utilização do software Alert, tornando-se o primeiro estado brasileiro a adotar a Classificação de Risco no atendimento das Urgências e Emergências pelo SUS. De fácil utilização, o Protocolo de Manchester é a ferramenta que classifica o tipo de atendimento a ser prestado ao paciente. Com ele, os doentes são atendidos de acordo com a gravidade clínica e não mais pela ordem de chegada. Assim que o paciente dá entrada no hospital, é identificado o motivo da procura por atendimento médico e se estabelece o tempo de espera, que varia de acordo com a gravidade.

 

          Na classificação, a cor vermelha (emergência) tem atendimento imediato; a laranja (muito urgente) prevê atendimento em 10 minutos; a amarela (urgente), em 1 hora; a verde (pouco urgente), em 2 horas e a azul (não urgente), em até 4 horas.

 

          Já o Alert tem a função de permitir acesso aos dados dos pacientes após a triagem realizada pelo Protocolo. O software opera integrado ao SUSFácil, que é um outro software instalado nos computadores de todos os estabelecimentos de saúde credenciados pelo SUS. Uma central controla os leitos disponíveis no momento e solicita a vaga, verificando para onde vai ser possível encaminhar o paciente.

 

Caso de sucesso
          A primeira Rede de Urgência e Emergência completa foi implantada em 2008, na macrorregião Norte, composta de 86 municípios e com população de aproximadamente um milhão e meio de habitantes.

 

          Segundo o coordenador da Urgência e Emergência, a região foi escolhida para acolher o projeto piloto da rede no Estado devido ao alto índice de mortalidade por causas externas e elevado índice de causas mal definidas de óbitos. “Além da alta taxa de mortalidade, o Norte de Minas apresentava enorme carga de trabalho nos serviços de urgência, o que se traduzia em superlotação dos prontos-socorros e dificuldades de internação dos pacientes”, completa.

 

          O ponto de partida para a criação da rede se deu com a implantação da Central de Regulação Assistencial, em janeiro de 2006, em Montes Claros. Funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana, a Central regula o paciente a partir do momento em que é feita a solicitação de sua internação.

 

          Por meio do SUSFácil, a central controla os leitos disponíveis na região e, no momento em que a vaga é solicitada, é feito um rastreamento no sistema, verificando para onde é possível encaminhar o paciente. Assim que a vaga é disponibilizada, o paciente é transferido nos veículos do Sistema Estadual de Transporte em Saúde (Sets), devidamente acompanhado de um enfermeiro.

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